Conquista Diária.
Um dia eu fui lavrador.
Como lavrador,
Eu cultivava plantas, cultivava vida,
A minha vida em teu coração.
Mas somos o que somos,
E assim progredi, ou regredi, não sei ao certo...
Deixei de cultivar e com outros afazeres me ocupei.
Aquela planta, tão bela e frutífera,
Promissora e de grande porte,
Sem cuidados, foi murchando.
Murchou tanto que morreu.
Sem eu ali, para regar, podar e aparar as arestas,
A praga da mídia tomou conta de minha lavoura,
Deixei de cuidar das plantas do nosso amor,
Mas não deixei de usufruir de seus frutos.
Hoje, minha lavoura de amor,
Não passa de um amontoado de ramos secos e sem vida.
A terra em que eu plantava, seu coração,
Deixou de produzir meus frutos
Passando a produzir outras ervas,
Que outro cultiva e cuida,
Rega e alimenta, diariamente...