Brincando Na Neve
Sabe, vejo aquela criança branca
Tão pálida a brincar na neve, com seu rosto refletindo inocência, e um sorriso tão sem graça, tão...de Outono
Têm folhas que caem, elas voam em meio os ventos
Ai a paisagem muda pra um cenário de época, tão lindo...
Uma aquarela...
São aquelas cores pastéis
E aquela criança a brincar no quintal sujado de neve do tempo...com folhas lá no chão espalhadas com sujeira e...neve né
Aí tem um garotinho a espiar pela janela
Ah...aquele garotinho...
Ele tem um olhar tão bobo, tem uma carinha de bobo, tem um sorriso tão sincero e bobo
Ele quer brincar também com a garotinha, ele gosta dela, ele a observa e sente alegria em vê-la brincar, em vê-la com aquele sorriso morno...
A cena é de uma pintura em um momento em algum lugar no vasto mundo do Inverno
Com todas aquelas cores fracas, opacas, frias, envelhecidas...
É um retrato de época...
Agora eles estão brincando juntos, o garoto bobo e a garota sem graça
E ele é alegre! Corre muito, pula, grita, faz sons divertidos pra ela chamar a atenção
Ele cai na neve, na sujeira do quintal com neve no chão e sujeira....
A garotinha se diverte vendo o garotinho bobão se divertir como um menino doido de alegre num dia fictício de Inverno, com neve e sujeira no chão, e folhas...
O dia se esvai como em minutos poucos e tão rápidos
E ela não soube por sua surdez de nascença
Que o garoto bobo repetiu mil vezes seu nome e a chamava de linda pálida....