TEMPESTADES DO SER
Na triste marca que meus passos deixam, vou criando trilhas que, como rugas numa pele envelhecida, não me levam a caminho algum. Ando, só sei que ando. E no turbilhão de pensamentos, qual plúmbeas nuvens, a tempestade se avizinha e o forte vento da solidão ameaça levar para longe os poucos sonhos que restaram. Vou, aflita, buscando um lugar, talvez além do arco-íris, para lá me apossar, quem sabe, do pote de ouro das ilusões. Não posso parar. Não consigo parar. O ar se movimenta e me empurra sempre mais, sempre à frente. A chuva vem e resfria mais e mais o meu corpo, mas nela encontro o refrigério porque me lava a alma, levando para longe os miasmas da desesperança, da descrença e do desamor. Chego, enfim, no exato local que o arco-íris toca o horizonte e, se não encontro os tesouros materiais propagados, encontro a calmaria que antecede a paz de espírito. Cheguei, com certeza, ao fim que eu buscava.
Giustina
(imagens Google)Na triste marca que meus passos deixam, vou criando trilhas que, como rugas numa pele envelhecida, não me levam a caminho algum. Ando, só sei que ando. E no turbilhão de pensamentos, qual plúmbeas nuvens, a tempestade se avizinha e o forte vento da solidão ameaça levar para longe os poucos sonhos que restaram. Vou, aflita, buscando um lugar, talvez além do arco-íris, para lá me apossar, quem sabe, do pote de ouro das ilusões. Não posso parar. Não consigo parar. O ar se movimenta e me empurra sempre mais, sempre à frente. A chuva vem e resfria mais e mais o meu corpo, mas nela encontro o refrigério porque me lava a alma, levando para longe os miasmas da desesperança, da descrença e do desamor. Chego, enfim, no exato local que o arco-íris toca o horizonte e, se não encontro os tesouros materiais propagados, encontro a calmaria que antecede a paz de espírito. Cheguei, com certeza, ao fim que eu buscava.
Giustina