Na sala do meu AP percebi que a Lua estava linda.
Tão linda!
 
Faltava um pedacinho para estar cheia, mas a beleza sedutora do astro nada ficava devendo para a famosa fase poética.
Logo retomei o que fazia, entretanto o que eu realizava justificava não continuar olhando a fascinante Lua?
 
Minutos correram, vi uma ou duas vezes a mesma Lua.
Comecei a papear no telefone, esqueci completamente a Lua. 
A bela Lua escapou da mente.
Ela fugiu, cessou, sumiu! Como pode?
Como podemos?
 
Esquecemos a Lua deslumbrante, também não notamos o encanto do Sol anunciando o início da noite ou saudando um novo dia.
Como pode? Como podemos?
 
* Ter pressa, conversar, se distrair com a TV, alimentar diversos tipos de pensamentos, não ligar, ser indiferente...
 
Na vida mil atos da natureza passam, seguem, ocorrem sem a gente perceber, sem os nossos aplausos, sem a nossa menor admiração.
 
* Hoje eu deixei escapar uma bela Lua.
Ah! Tão linda!
Eu deixei fugir!
 
Amanhã talvez o Sol, noutra ocasião um precioso sonho, mais tarde o sorriso puro de uma criança, uma brincadeira gostosa, a oportunidade de ajudar ou algo assim, simples, bem leve, fácil, fantástico, incrível...
Maravilhoso!
 
Depois tanto perder traz a triste possibilidade de deixar perder a vida.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 09/02/2015
Reeditado em 09/02/2015
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