A sanha do poeta

Um poeta-policial? Não. Um poeta se parece mais com um marginal do que com um homem da lei.

“Seja marginal, seja herói.” Já dizia o artista no seu delírio...

Doce e fugaz é aquele momento em que você lembra sobre a infância.

Só lembra das coisas boas. As coisas ruins passam como que numa névoa da sua cabeça.

É comum fantasiar muito e “rememorar” o quanto era bom, quando na verdade era péssimo e você não aproveitava, você odiava.

O modo como os adultos o tratavam, as outras crianças idiotas, as professoras mandonas no colégio, os parentes irritantes nas festas de aniversário.

Só lembro de achar bom uma coisa. Ler minhas histórias-em-quadrinhos de super-herói, nelas eu sei (e tenho certeza) que tinha prazer mesmo.

Eu até recordo de quando decidi ser um herói, quando crescesse, eu seria um policial.

Eu sempre fui a autoridade em todas as brincadeiras

de bandido e polícia. Ao menos, as que eu me lembro...

Poeta-herói, poeta marginal... onde foi que esqueceu sua virtude?

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 07/02/2015
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