Um moço reservado
O amor é bom, mas também pode ser mau. É o mocinho e o vilão. A alegria e a tristeza. A força e a fraqueza. A ferida e a cura. A luz e o escuro. O fogo e a brisa. O sorriso e o cerrar dos lábios. O palhaço e o mágico. Quem o compreenderá? Não há poeta que consiga descrever todos os seus significados. Mas, cá pra nós, o amor não se explica, às vezes implica. Só não insista, não tente descobrir. Só o viva. Ele pode pregar peças no grande teatro da vida. O coração é o protagonista. Acho que o amor é um pouco disso. Um despisto, de quem finge não precisar de ninguém. É laço, sinais de adição, raízes. É matemática, é química, é literatura. Quem o compreenderá? É perfume, flores, ursos de pelúcia. Mas, também é cálculo, medo, noite de chuva. Ele não se explica, é um moço bem reservado. Não sai por aí aparecendo pra todo mundo. Ele é danado! Ora essa, quem o compreenderá? Só Deus, meu amigo, só Deus.