O beijo
 
 
Quando as bocas se tocam inicia-se a alquimia. Os lábios se apresentam para o toque de reconhecimento, da descoberta. Importante é eles estarem úmidos e com uma leve quentura que prenuncie um ardor posterior. Quando se encontram após suaves roçares ambos sabem o que querem. Sob uma pressão regulada começam a desvendar os caminhos do prazer que se aproxima.
A tenra carne intumesce em contato com a outra. Um diminuto suspiro escapa. Num átimo de segundo as bocas se abrem para receber o gosto pleno uma da outra. Os hálitos se confundem de imediato e a sensação de desejo cresce. As línguas se sabem e iniciam sua dança frenética onde cada uma é uma serpente cheia de eletricidade desejosa. Nesse momento há uma cumplicidade que já vai se tornando integração harmônica de corpos unidos pelo beijo.
Otávio Coral
Enviado por Otávio Coral em 05/02/2015
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