AMOR DOLOROSO E ANGUSTIADO
AMOR DOLOROSO E ANGUSTIADO
Nunca perdi a cabeça por amor, no entanto estou a ponto de perder. Por favor, não me faça sofrer mais do que já sofri. Meu coração está partido, dolorido, ressentido, por esse amor mal resolvido por falta de entendimento. Queria ser poeta, mas poeta não sou desejo apenas reverter à situação e reconquistar seu coração. Talvez em seja romântico, um pouco destreinado, mas com os auspícios divinos tornarei a ser. Algumas dores precisam ser vividas para enternecer meu comportamento e num deslumbramento voltar ser o homem ideal para você.
Dizem os grandes poetas que: "a vida só funciona quando as certezas são maiores que as dores". A aversão profunda ou ressentimento amargo, não raro sopitado ou reprimido, ocasionado por algum ato alheio que causa dano material ou moral em chamaria de rancor. Será quem ama em grande dimensão guarda rancor no coração? Talvez sim! Talvez não! Pois a recordação tenaz e hostil de tais atos ou de acontecimentos análogos seja um atraso para mim. As paixões cegam.
O verdadeiro amor nos torna lúcido. Eu procuro incansavelmente essa bendita lucidez por mais de uma vez eu a encontrei e deixei escapar, mas que azar. Com amor se consegue viver mesmo sem felicidade, mas essa sugestão não abranda o meu sofrido e combalido coração. O que fazer? Não sei. Só sei que amor não se conjuga no passado ou no condicional, pois o amor deve ser imortal.
No passado quem não amou no presente será totalmente diferente. Com essa indecisão jamais amarás verdadeiramente. Ao meditar numa calma aparente lembrei-me de uma poesia que por acaso meu inconsciente estampou na minha mente meio silente. Uma frase retirada de algum lugar que não me lembro de onde, pensei: "Amor não é nada mais que a descoberta de nós mesmos nos outros, é o prazer deste reconhecimento". Sou inseguro e a insegurança maltrata e me faz infeliz.
As esperanças se esvaem em grandes proporções fazendo com que o meu coração se recata em minhas ilusões. Sorrisos me felicitam e no meu perfil reluz robustecido de esperanças alvissareiras. Meu sangue brota na face inteira, a insegurança morre e a felicidade brilha tornando a minha vida um mar sem escotilhas. Abertura de tamanhos diversos, feita em qualquer pavimento de uma embarcação para se transitar, aeração ou iluminação das cobertas, ou passagem de cargas.
Foi assim que minha vida mudou e transformou-se num aguilhão. Olhei para os céus e num grito de guerra bradei: "Poeta Maluco". Poeta maluco eu queria ser e do puro vinho quero provar. Para me mente esclarecer, essa doce bebida vou tomar. Sem regras medidas e proporções, apenas para imantar versos de alegrias, tristezas e ilusões. Apondo lado a lado versos e reversos, de ideias desconexas vivem os poetas, pensando formar grandes escaninhos.
A mente não ajuda os patetas na dileta arte e rima dos espertinhos. De médico e louco temos um pouco, mas poesia é preciso ter muito dom, por isso, de maluco passei a louco e não consegui nem um belo tom. Dizem que das grandes traições iniciam-se as grandes renovações. Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado. Perdi o medo e enfrentei de frente a minha timidez e pude meu amor reconquistar. Daqui para frente não quero mais sofrer e sim morrer de amar.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI- DA ACE- DA UBT- DA AOUVIRCE E DA ALOMERCE.