caíndo

''... Não quero-te num adeus amargo matar o gozo. Nem na saliva que prende-se a minha garganta morrer. Escrevo em vias de te alcançar. Mesmo que estejas sozinha em outro quarto. Mesmo que esteja entre mil e ainda assim prefiras a minha amarga companhia. Quando te digo adeus, eu escondo o jogo do jogador. Eu desarmo o vencedor. Eu parafraseio meu preferido leitor, e o saboto. Nas linhas que marcam a vida em batimentos desordensdos, tu, só tu és meu precipício e meu artificio mais simples de curar e sangrar uma dor. Longe de mim ser do egoísmo refém, já me basta o orgulho e a dor como cativeiros fieis. Longe de mim vai teu corpo e tua lágrima salgada. E eu me jogo no precipício para parecer que estou voando, quando na verdade estou caíndo...''