NO FINAL DAS CONTAS
E no final da contas resta somente o amor...
De quem foi para quem ficou, se a verdade há (vida) depois da partida, esse amor levará um canto de saudade, mesmo que por pura sinceridade.
De quem ficou um amor escondido na memória, teimoso e agarrado ao peito, como se abrisse espaço ao vazio do desespero, mas um amor verdadeiro.
E no final das contas o ódio acabou...
Esvaziou-se em si mesmo, sem objeto, se desejo, este sim, como que por mágica natural ou divina, teve o seu grande fim.
Porque o ódio vive da vaidade, do egoísmo, do medo, e foram todos enterrados na verdade dos fatos, ninguém durará para sempre, e sem o sujeito finda a ação.
E no final das contas vale lembrar a quem tem o caminho inteiro pela frente, que seja o derradeiro, seu amor a vida, sua gratidão aos iguais que contigo dividem a maravilha de viver e sonhar uma poesia.