Sobre o amor

Me revele o amor que está por trás da frase feita,

Da respiração ofegante e esperançosa,

Do olhar brilhante, o anel de ouro,

A coroa de prata, o vestido desejado para a noite de núpcias.

Sem querer tomar pra si o domínio da situação,

Me mostre o caminho onde ninguém nunca percorreu,

Mas está sempre marcado, moldado,

Parecendo que já foi visitado outras vezes,

Se é vermelho, azul, cor de rosa ou roxo que nem o amor dos outros...

Apareça para que eu defina! Ah! Como é bom definir e ter “as rédias”...

O segredo de amar está em deixar de amar, de tanto amar?

Ou de ser amado?

Somos capazes de tudo por amor?

Matar?...

Sufocar?...

Prender, amarrar... fazer reza pra casar?

Ah!... Sim somos capazes até de ficar burro, andar que nem um cavalo...

Mas ai já é uma definição.

Sair por ai cantando como um papagaio surdo, só cantando... cantarolando,

Será que é bom amar? Se apaixonar e ficar besta de paixão.

Exibir sua companhia como se fosse um troféu de ouro mais puro...

Ou colocá-la em uma redoma de vidro

Onde o olhar possa prejudicar a pureza exposta.

Morremos por amor!

Morremos de amor,

Nascemos do amor?...

Acreditamos no nosso amor, e não no “amor”.

Cada qual tem sua forma e força,

Cor e tamanho,

Sem lentes de aumento, microscópio ou dilatação,

O amor quando encontrado damos uma dimensão

Que jamais caberia no “coração”,

Esse músculo no peito esquerdo, que pulsa... pulsa... só!?

É só no peito que pulsa?...

Não! Definitivamente não caberia!

Tudo vai por terra quando encontramos... o amor.

Teorias, teses, o homem forte, a mulher fortaleza, os brutos, os selvagens,

Os delicados, educados, refinados...

Todos choram, todos ficam bestalhões por amor... paixão... seja o que for.

Queria saber o que está por trás de tudo isso...

O etério?...

O anzol?...

O olhar?...

O abraço?...

O beijo?...

O sexo?...

O tudo?..

O amor?

Wellington Abreu
Enviado por Wellington Abreu em 17/09/2005
Código do texto: T51222
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