Algumas lembranças, daqueles cafés com todos os meus irmãos e com os meus pais, café da esperança, ao longe uma canção se ouvia. Tempos que não voltam mais. Café com os meus filhos, alguns anos depois, com um gostoso eu te amo antes da escola, de cada um eu recebia, um sorriso de bom dia! Sem protestos, com algazarra, café com leite e inocente alegria!

A vida seguia... Café das dificuldades, em noites frias de inverno, com os pés embaixo do cobertor, alternados por chocolate quente, velando os sonos deles, sem uma palavra de amor.

Tempos... Café solitário, numa cafeteria qualquer, com as leituras de alguns contos, amenizando as tristezas, esperando a lua cheia, pela cidade, numa boa caminhada, sem me importar com a infelicidade.

Café. Escritórios, salas, sorrisos, um frio irritando, bem artificial em tardes cheias de trabalhos,  tomar cafezinho é algo normal. Café em reuniões de negócios, para as decisões finais. Em algumas ocasiões, um bom café sempre cai bem... Café de sonhos renovados, café das dores esquecidas... Observando vidas nesse vai e vem.

Sonhos. Café da manhã numa praia, enquanto o sol, um lindo dia de férias, ensaia. Café na expectativa de viver o seu amor. Café, quando escrevemos cartas apaixonadas. Café à mesa,  café na cama, café de um amor intenso num lindo tempo, sem dramas.

Café imaginado, café esperado. Na companhia de quem a gente ama, um vazio preenchido pelo amor e pela esperança, que nunca apague essa nossa  chama. Café simples, gostoso, com inspiração, minha alma deslumbrada, nesse entardecer, aguardando aqueles recadinhos tão importantes, que trazem brilho no rosto num instante. Brilho que vem, somente de você.