Codinome desamor

Em meio a tanto silêncio

Fiz a música dos solitários

Travei a saudade

Reparti todos os pedaços

De mim

Da alma ao velho peito rasgado

Que outrora se perdia

Talvez se encontrara

E nessa sinfonia

Só calava um coração

Codinome desamor

Das coisas que já se faziam

Hino dessa existência

Frívola, vã

Inóspita, inefável

E no coro dos desesperados

Dez esperavam

E enfileirados as rasgavam

Partituras mal interpretadas

E no rangido estridente

Das notas que soavam desafinadas

Apenas o ritmo do pesar.

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 29/01/2015
Reeditado em 22/10/2023
Código do texto: T5117845
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