Codinome desamor
Em meio a tanto silêncio
Fiz a música dos solitários
Travei a saudade
Reparti todos os pedaços
De mim
Da alma ao velho peito rasgado
Que outrora se perdia
Talvez se encontrara
E nessa sinfonia
Só calava um coração
Codinome desamor
Das coisas que já se faziam
Hino dessa existência
Frívola, vã
Inóspita, inefável
E no coro dos desesperados
Dez esperavam
E enfileirados as rasgavam
Partituras mal interpretadas
E no rangido estridente
Das notas que soavam desafinadas
Apenas o ritmo do pesar.