Partiu!
Partiu! Diz a gíria.
Sendo assim, parti.
Mas partir sozinho não tem graça
Levo comigo, gente “boa praça”, “gente de verdade“.
Num dia de sol e desprovido de vaidade
Entranho-me na natureza, longe da cidade.
Com meus amigos e suas estórias,
Incomuns ou não, estão em sintonia.
Subindo e descendo, andando ou correndo,
Energia positiva eu vou colhendo.
Tudo ali ajuda a recarregar minha bateria
Isto é viver, mas tem gente morrendo todo dia,
Pela própria escolha ou por não escolher...
Atravesso um córrego inóspito
Depois dele, quem diria
Deparo-me com uma água que cai:
Lindamente!
Pouca, mas suficiente
pra me fazer ganhar o dia.
Uma cachoeira ainda sem nome, apenas existia...
“Encontro dos amigos”; foi batizada, depois daquele dia.
Apenas um destino nos aguarda
Mas a felicidade já está instalada e a bateria recarregada...
Partiu!
“Urubu” era o próximo destino, a outra cachoeira,
Onde lá seria o ápice. O fim da linha...
A chegada seria ligeira,
Se não fosse o cânion, as grutas, as pedras, a ponte e as tantas quedas d’água.
Banhos, contemplação, amigos, fotos, admiração...
Restou-me gritar bem alto:
Acaba não mundão!