Riquezas são diferentes
No interior da capela, o homem reza, absorto em súplicas...
Não tem muita fé, mas esforça-se por estar consciente que Deus nos amou tanto quanto a seu filho. E que se esse mesmo filho é crucificado hoje na figura dos desvalidos em pobreza, o homem rezará por esses e principalmente por esses, a opção preferencial da igreja.
Muitos dali não saem sem antes rezar pelos carentes, mas sua fé é morta.
Porque esforçam-se por estar acima de todos e não observam que a graça maior é que somos iguais perante Deus. Mas quão diferentes somos em todas as gradações de riqueza e quão iguais somos na pobreza e na dor. Por que será isso? Será vontade divina? Quererá o altíssimo, desse modo, que padecendo na miséria
nos tornássemos iguais?
Não, longe disso.
Nós criamos nossos próprios males, medos e ignorâncias e depois queremos que eles desapareçam como num passe de mágica. Inútil querer que isso seja entendido...
Porque como pode remover uma palha do olho de alguém,
se não enxerga uma trave no próprio olho? Assim disse o filho.
No interior da capela, o homem reza, absorto em súplicas...