ALEGRIA PERDIDA

ALEGRIA PERDIDA

Saiu e não voltou, achou-a, uma bala perdida. Era uma menina doce, qual bala, que ainda nem vivido tinha, ensaiava os primeiros passos, os primeiros sonhos de uma adolescência que chegava, e ali na esquina aguardava uma amiguinha. Era a primeira vez que saía sozinha, os pais eram meio “quadradões” e na saída tinham-na enchido de recomendações. Mas bala perdida não ouve recomendações, simplesmente mata, sem querer saber quem, apenas sem destino, mata e joga na rua um corpo, que fica perdido até um NÃO, MEU DEUS NÃO, de uma mãe que morre junto, e perde-se junto com a bala e nunca mais será mãe de uma menina, doce, qual bala.

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 24/01/2015
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