SOB A LUZ DO LUAR...

Lua cheia, ruas vazias, escuras, sombrias... Noites preenchidas por uma negritude que não me era desconhecida. Observava, da janela do meu quarto, o fim das noites e início de um novo dia. Fazia suposições, planos, projetos, pensava nele, em mim, em nós, o coração apertava, sorria, chorava, ficava ansiosa com o novo dia, o sol raiava! Desocupada, via o dia passar, o sol caia, a lua subia, voltava pra janela, pensava nele, em mim, em nós. Ele não via tudo que eu sofria, não estava lá, mas a lua sabia todas as minhas lamentações de cor e salteado, era como um encontro todas as noites, e ela nunca falhou, sempre me ouviu e calou. Já ele, nunca apareceu, presente apenas nos meus murmúrios... Mas a lua sabe que o meu maior desejo é o encontrar, sob a luz desse mesmo luar.