Eu e as pessoas na cadência da cidade

Por Djanira Felipe

Cidade do Rio de Janeiro. Vida corrida, como em toda grande metrópole. Na empresa de grande porte onde trabalho há quase trinta anos, já desempenhei diferentes funções, e uma delas foi a de representante comercial, fase na qual visitei muitas empresas de diversos segmentos, inclusive órgãos públicos.

Percebi nas minhas andanças diárias, pelo meu território de atuação, que entre uma visita e outra sobrava um tempo para eu observar as diferentes pessoas, nas ruas a caminhar, e as suas aparentes faces, às vezes, antagônicas.

Algumas sempre apressadas. Outras que emperram o caminho. Umas, vestem viscose, outras que só usam linho. Felizmente, compreendi que as apressadas, trabalham, têm um cartão para marcar. As que emperram o caminho não têm aonde chegar.

E existem as prepotentes, que evitam ao outro olhar, por medo ou antipatia não ousam sequer cumprimentar. São pessoas, mal amadas, Infelizes, a vagar, vazias, se procurando, sem saber se encontrar.

Nem percebem que se olhassem mal nenhum iriam causar

No máximo aconteceria de no outro olhar se encontrar.

E continuo em silêncio, a circular pela cidade, sem o meu ritmo acelerar. Acompanhando a cadência da cidade sem me cansar. Por isso, me sobra tempo, para aos outros, observar, e assim, prossigo e aprendo a esses erros evitar. E ainda adquiro o direito de continuar a sonhar. Nos meus sonhos há o desejo, de que um dia os seres humanos, embora, sem se conhecerem, todos irão se amar. E os abraços fraternos transmitirão a solidariedade e o respeito que os aproximará.

Afinal, toda pessoa traz em si algo de bom para ao outro impressionar.

Rio de Janeiro, 11 de novembro de 2014.

Djanira Felipe
Enviado por Djanira Felipe em 18/01/2015
Reeditado em 11/10/2022
Código do texto: T5106281
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