A-O-(MAR)
Correndo entrei no mar e vi que não existia sal, mas ondas fizeram de mim céu, entre o teu e o nosso preferi a calma.
Veríssimo certa vez ensinou que precisamos da pessoa errada, nunca entendi muito bem o certo e o errado, mas sei da música, do amar, das cores que o vento faz, do gosto que os olhos tem.
Não me culpe então,eu queria que a luz doesse menos, mas tenho astigmatismo, eu queria te pegar nos braços, mas a escoliose não deixa, mas posso te beijar demoradamente, pois é noite e tenho insônia, gosto do silêncio, então se puder me ouça.
Pois dentro da onda, o que faz abraço é voz, o que faz os sonhos, vontade, o que faz imensidão, o grito.
Pode me escutar?
-Não canto lógica, não sou ciência, sou essência.
Vamos brincar de viver nesse hoje?
A lua vai sempre nascer, nos fazer fase, minguando, crescendo, derretendo seu brilho na dança dos nossos corpos, que cansados serão mar clareando as estrelas, pois o amor não se dissolve como antiácidos o amor se devora.