Malthus da Depressão

Olhemos as donzelas que se acham as mais belas

A joia mais rara, a flor última,

Até o anjo mais radiante

( Do céu de seu nariz e umbigo )

Não porque o(s!) amante(s!) a tenha dito

Mas pelo seus egos que cochicham

E , com sua voz doce, as convencem

De que a ama verdadeiramente.

Comecemos a rir,

Lembre-se donzela , que aquele homem belo

Que ama àquela mulher feia,

É mais feliz com ela , de felicidade inteira.

Que os corpos belos aumentam exponencialmente

Enquanto as almas belas , aritmeticamente,

Crescem, e ai está o caos do mundo,

Os homens esfomeados por almas

Aí estão os tesouros das sátiras infinitas.

A donzela que pede um soneto à sua beleza

Receberá uma sátira à sua feiura

Aquela que pede uma oração por sua fraqueza

Receberá , essa sim, soneto, e de candura.

Felipe Venturini Arcêncio
Enviado por Felipe Venturini Arcêncio em 16/01/2015
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