As flores...

As flores...
Entre as flores mortas de um jardim abandonado.
Sobreviveu um cravo, cheio de si, muito garboso,
Olhava ele, as outras flores sem vida. E amargurado,
refletia: Estava carente, era um tédio!
Se lamentava estando só: Que destino ditoso...
Mas, pra ser feliz, só haveria um remédio:
Encontrar seu grande amor: A Rosa!
Perfumada, linda! Delicada como a Lua,
Seria ainda aquela linda flor amorosa?
Não haveria de negar o seu amor, afinal, já fora sua.
Separados há muito tempo, por alguém, que sem dó
A dera de presente, deixando o cravo tão só!
..............................................................................................
Na diagonal, do outro lado. A Rosa, que também sobrevivia,
cheia de vida, mas chorosa. No meio das flores mortas,
se perguntava: Será que um dia, voltará a bater na minha porta?
E, o destino faz seu trabalho! Quando por ali passa alguém,
Colhe o cravo e colhe a rosa e, dá de presente também!