Ah, você, que falta-lhe um pedaço da alma. Este pedaço faz em mim uma lacuna. Essa lacuna me faz ressentir do tempero e do sabor que alimenta a nuance mais ousada e atrevida do amor. E, se aceito é em nome do amor sublime, puro e sem mácula! É a renúncia, é a fome reprimida, é a dieta compulsória, é o amor distorcido, é o lado avesso do desejo, é a orquesta sem maestro, é um lago triste onde não há vida por ser contaminado, onde, mesmo assim, nele se navega sobre o espelho de suas águas que aceita o acariciar do vento e as gotas da chuva que cai, sem reclamar da sua condição de ser um lago envenenado e sem vida!