BANALIDADE, BOÇALIDADE
Quando vou
a algum lugar onde
é a roupa que me leva,
é a roupa não eu quem está la...
A roupa não me representa
quando me apresento... eu
sou eu sempre, nunca
a roupa...
Quando vou a lugar
e o carro é quem me leva,
ele é quem se mostra...
eu simplesmente me
apresento...
Quando confio mais
no penteado do cabelo
do que em mim,
quando me fio mais
nos sapatos que calço
e no cartão de crédito...
Seguramente não sou eu
quem vai ao baile... mas
um idiota manobrado...
um pobre coitado que
busca notoriedade, mas
que o sistema nem sempre
aceita...
Quando pronuncio palavras
que na verdade não conheço...
Quando aparto um assunto
e não sei o que dizer...
Sou um fantoche da boçalidade
que a vida da frivolidade
apresenta e inventa...
Certamento isso não sou eu...!