Boemia e poesia
Quero embriagar-me de boemia
Talvez a bebedeira de coisas tolas
Excesso de nostalgia
Subir até o teto da alma de histeria
E do blues na vitrola velha
Dançar feito louca extasiada
Feito quem tenta chorar calada
Cerrar o lábio
Viajar pelo monte mais antigo
Correr mais um passo do infinito
Quero embriagar-me de poesia
Talvez a soledade de minhas notas
Te traga pra mim
E o jazz solitário na varanda
A mala pronta pra partir
Caminhar sobre águas desconhecidas
E terras jamais vistas
Mas se ao passo da medida do avanço
O blues da vitrola velha
O jazz solitário na varanda
Silenciar a embriaguez da minha alma
Saiba que na boemia do meu amor
Foi cada palavra minha calada
E engolida até que fim embriagada
Que eu fiz questão de relatar