Boemia e poesia

Quero embriagar-me de boemia

Talvez a bebedeira de coisas tolas

Excesso de nostalgia

Subir até o teto da alma de histeria

E do blues na vitrola velha

Dançar feito louca extasiada

Feito quem tenta chorar calada

Cerrar o lábio

Viajar pelo monte mais antigo

Correr mais um passo do infinito

Quero embriagar-me de poesia

Talvez a soledade de minhas notas

Te traga pra mim

E o jazz solitário na varanda

A mala pronta pra partir

Caminhar sobre águas desconhecidas

E terras jamais vistas

Mas se ao passo da medida do avanço

O blues da vitrola velha

O jazz solitário na varanda

Silenciar a embriaguez da minha alma

Saiba que na boemia do meu amor

Foi cada palavra minha calada

E engolida até que fim embriagada

Que eu fiz questão de relatar

Angela Dias
Enviado por Angela Dias em 12/01/2015
Código do texto: T5099482
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