"DE AMANTES"

...

Se eu me revestisse de admirador secreto

Eleger-me-ía como seu poeta predileto...

Como lhe digo de coisas que eu bem sei...

E você sabe, delas, o quanto eu bem sei...

Inventa pra nós uma nova e estranha lei...

A que me bota às margens do seu "Lispectar"...

O difícil é colocar o meu verso pra chorar

Já que repleto de tantas alegrias e risos naturais

Rimas cortantes como: "não te conheço"; "nunca mais"...

Quero somente sentar no topo dessa nossa tristeza

E dizer o quanto admiro a estranheza da sua beleza

...

Teria sido lindo caso a rima fosse "benvindo"...

Mas ao visitar o nosso tempo; esse nosso "emaranhado"

Não consigo outro particípio se não o "novamente excitado"...

Diria que o nosso verso ainda está bem vivo...

Podendo, de modo fácil, prefácio, "pósfacio", de um novo livro...

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Espantos

Troca de versos

(Como antes)

Coisas nossas... Só "de amantes"...

...

"Pós pós-moderna" ferramenta extrusora...

Que, após, talvez até mande pra Editora...

...

Diga-me que entende meus "ais"

E retribua, ao menos um dos, tantos apelos virtuais...

Paulino Neves
Enviado por Paulino Neves em 12/01/2015
Reeditado em 12/01/2015
Código do texto: T5099048
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