DAMA DESENCANTADA
A lua tem se queixado da mudança nos amantes,
Ela disse que sumiram seus paqueras os quais dantes
Lhe cortejavam com versos poemas trovas e cantos.
Eu já á ouvi dizendo “a falta não esta em mim,
Eu passo nas mesmas ruas nas praças e nos jardins
Trajando elegantemente e adornada de rubis”.
A fragrância que exalo não deixa a desejar
É extraída da flora do campo e do pomar
E a brisa suavemente se presta a propagar.
Como uma dama faceira em meio à constelação
Faço meu curso sem pressa dissipando a escuridão,
Com essa minha elegância ganho qualquer coração.
Eu Já ate procurei em meio à madrugada
Ouvir o som do seu pinho e a voz apaixonada
Que me cantava e confesso ficava lisonjeada.
Até mesmo a criançada não brinca mais de ciranda
Deixaram a inocência o que será que as encanta?
Não só eu, todos os astros sentiram com a mudança.
Talvez estejam nas trevas fazendo coisas obscuras
Por que perderam o prazer de ver a minha brancura
A silhueta dos raios centelhado com ternura
Cogita se por aqui haver também uma mudança
Por ver os racionais ostentar tal jactância,
É uma questão de tempo vai ser feito uma sindicância.
YOSEPH BRAZ
10/01/2015