NA CALADA NOITE.
Na calada noite
Passos do meu passado
Persistem em permanecer presentes.
Uma madrugada silenciosa...
Nem os sabiás boêmios cantam...
Um exílio de sons...
Na sala toda iluminada de uma luz fulgurante.
Pequenos nódulos escuros passeiam
Em volta da luz.
Talvez,sejam grilhões do meu passado
Que insistem em me aprisionar.
Olho para a avenida vazia
E vejo um cão solitário vagueando.
Quem sabe eu possa chamá-lo
Para me fazer companhia
Nesta calada noite.
* E bebo as águas passadas como um rio
Que não há de voltar de seu caminho
Prá matar esta sede que inda sinto...*
ABSINTO - Fátima Guedes