NA CALADA NOITE.

Na calada noite

Passos do meu passado

Persistem em permanecer presentes.

Uma madrugada silenciosa...

Nem os sabiás boêmios cantam...

Um exílio de sons...

Na sala toda iluminada de uma luz fulgurante.

Pequenos nódulos escuros passeiam

Em volta da luz.

Talvez,sejam grilhões do meu passado

Que insistem em me aprisionar.

Olho para a avenida vazia

E vejo um cão solitário vagueando.

Quem sabe eu possa chamá-lo

Para me fazer companhia

Nesta calada noite.

* E bebo as águas passadas como um rio

Que não há de voltar de seu caminho

Prá matar esta sede que inda sinto...*

ABSINTO - Fátima Guedes

Chico Chicão
Enviado por Chico Chicão em 07/01/2015
Reeditado em 07/01/2015
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