A  PROSA ERA BOA!!
LÁ PRAS BANDA DE UM SERTÃO
CHAMADO LAGE.

BÉM NO PEDACINHO DAS GERAIS!

A CIDADE ERA CARATINGA
UM LUGAR PAGATO!

PELA A MANHÃ SUAVA ORVALHO
O BRANCO DA GIADA!

A FAZENDA ERA GRANDE
DE ESTRADA AMARELADA!
UMA P
ONTINHA SOBRE O RIACHO.
E O CURRAL ACIMA DO PASTO.
TO
DA ESSA CONJUNTURA ERA A BELEZA DO LUGAR.
NO CASARÃO DIVIDIDO
MORAVA CUMADE MARIA.
E CUMPADE ESMERALDINO.
A BROA TÁ QUE TÁ CHEIRANDO
E O CAFÉ SOBRE O FOGÃO.

AS 
GALINHAS COCORICANDO
LÁ NO FUNDO DO 
QUINTAL!
NA FAZENDA TINHA MILHO
E MUITO PÉ DE FEIJÃO.

LÁ DE CIMA DO CURRAL
SE AVISTAVA O ARROZAL.

NO NATAL CUMADE DODORA
EXPREMIA A TRÁZ DA PORTA.
ALGUNS S
ACOS DE PRESENTES.
images?q=tbn:ANd9GcRqnUIrP9WxjTooaTlpwqwUatP25bF3aj4FKYUo2S0v56hQAjjDCg
QUE ALEGRIA EU BRINCAVA
COM UM PEQUENO CARRO DE BOI.
A ESCOLA ERA LOOONGE!!!
SÓ TIN
HA UMA PROFESSORINHA.

A NOITE ERA  MUITO LONGA,
MAS LOGO TUDO SE
 ALEGRAVA.
COM A CHEGADA DO VELHO AMIGO
O GRANDE CUMPADE ZÉ NUNE.

ELE CHEGAVA PRA PROSEAR
CAVALGANDO EM SEU CAVALO.
NAS ESTRADAS DA FAZENDA.
LÁ EM CASA ELE APIAVA,
E AMARRAVA O CABRESTO.

SENTAVA A BEIRA DA FOGUEIRA,
EM NOITE DE LUA CHEIA.
ALI  SENTAVA ZÉ PATRICIO
COM SUA VIOLA
 NA MÃO.
images?q=tbn:ANd9GcQrI2ScqoO7sJ3zYNfia1cDSN1mgmhOnh8uFso0Gjj66ZZfrHkg
E CUMPADE ESMARALDINO
COM
EÇAVA A CANTORIA
ZÉ PATRICIO ERA VAQUEIRO.
E UM CABRA VIOLEIRO.

TODOS JUNTARAM  NA RODA 
PRA CANTAR MODA E VIOLA.
FOI EM UMA DESTAS HORAS.
QUE ZÉ NUNE CONTA PROSA

EU ERA AINDA CRIANÇA
MAS MINHAS ORELHA EM PÉ.
OUVIA CADA PROSA ZINHA
QUE ZÉ NUNE IA CONTANDO,

ZÉ NUNE COMEÇA A DIZER.

SOBRE UMA GRANDE CAÇADA.
QUE ELE SAIA PRA FAZER.

CARREGAVA EM SEU REGAÇO
UMA VELHA CARTUCHEIRA.
QUE GANHOU DO SEU AVÔ,
"ZÉ NUNE DIZIA"

ESTAVA EU CAMIN
HANDO NAS MATAS.
E NADA DE ACHAR UM BICHO.
FOI AI QUE DEZANIMADO
SENTEI NUMA PEDRA PRA DESCANÇAR,
ENCOSTEI A CARTUCHEIRA NO LOMBO.

"FOI AI QUE VI CUMPADE COM"
ESTE ZOI QUE TERRA A CUME".
UMA ONÇA ME OIANO
COM O ZOI ESBUGAIADO.
FOI AI QUE SE BORRANO

APONTEI ARMA PRA ELE.
A BICHA DE ZOI REGALADO,
APREPARO PRA DA O BOTE.
AS PERNA
 TAVA QUE TREMENO
EN
COSTANO UMA NA OTRA.

images?q=tbn:ANd9GcRQToCfCDR8P2cQP0dGs17AKEFlYA_U6lepgFd5J8YiDULOqvAOnQMAS AI VEM O MIOR.
DE ZOI FECHADO SORTEI UM TIRO,
QUANDO EU ABRI O ZOIO.
O TIRO NÃO TINHA ACERTADO,
ELA DESAPARECEU NA QUELAS BANDA DAS MATA.

MAS O CUMPADE ACHA QUE ARREGUEI.
EU ME APROFUNDEI NAS MATA,
FIQUEI O DIA INTIRIM.
PROCURANO A MARRUA,
A NOITE CHEGO.

A SENDI MINHA LANTERNA,
E ENTREI NUMA MALOCA.
LÁ NO FUNDO DA MALOCA,
ESCURTEI BARUI RAÇUDO.

FUI PROS FUNDO E PENSEI
DEVE SER UM TATU O UM JACU.
APREPAREI A CARTUCHEIRA,
E BATI MINHA LANTERNA NA CARA E NO ZOI DO BICHO.

SEM METIRA SOR MERARDINO.
DINTE DESTE MUNDO DE MEU DEUS.
EU VI A BICHA MARRUA.

COM TRÊS FILHOTIM MATUTIM.
EU PENSEI AGORA È ELA O EU,
​VIREI A PONTA DA ESPINGARDA.
NA DIREÇÃO DA QUELA BICHA.

O SINHO NÃO VAI ACREDITA,
SO CUMPADE MERARDINO.
A DANADA DA MARRUAR,
FALO PRA MIM DESSA MANERA.
"POR FAVOR CUMPADE ZÉ NUNE".
"NÃO ATIRA NI EU NÃO,
OÇÊ NO T
VENO.
QUE TENHO TRÊS FIO PRA CRIAR."

CUMPADE 
EU NÃO VI MAS NADA,
JOGUEI A CARTUCHEIRA NOS LOMBO,
E CHISPEI DA QUELA MATA.
SEM ZOIAR NEM PARA TRÁZ.


images?q=tbn:ANd9GcSgFL5dBFBxcGSgrGWCs5R35keOp2hqp0q4NKw3jNkmMB9Yjfgm
 
HELIO ARAUJO
Enviado por HELIO ARAUJO em 27/12/2014
Código do texto: T5082976
Classificação de conteúdo: seguro