MASTIGO
Esse não é o sentimento com o qual escrevo
- tumbas e sonhos -
Esta verossimilhança me conduz deveras.
Devia ser onda a aprumar no espaço
(não entendia como se desmanchavam os versos)
Contudo, acolhia-os
Entretanto, sufragava-os.
Tenção em cousas mundanas
Espero não mais passar com isso
Reveillon de estrelas
- sumárias e efêmeras- castigo!
Este não é o sofrimento pelo qual respiro
Sou tudo num Mozart chorado
- chope a Chopin, ode a Beethoven -
Entrego-me às cinzas do pensar ladino.
Após trevas e mais trevas que mastiga a mente
Dou-te ósculo, vento
Pelas alamedas, singro às veredas de minha prosa
Em turnos e face de solidão revelada
Mastigo!