MASTIGO

Esse não é o sentimento com o qual escrevo

- tumbas e sonhos -

Esta verossimilhança me conduz deveras.

Devia ser onda a aprumar no espaço

(não entendia como se desmanchavam os versos)

Contudo, acolhia-os

Entretanto, sufragava-os.

Tenção em cousas mundanas

Espero não mais passar com isso

Reveillon de estrelas

- sumárias e efêmeras- castigo!

Este não é o sofrimento pelo qual respiro

Sou tudo num Mozart chorado

- chope a Chopin, ode a Beethoven -

Entrego-me às cinzas do pensar ladino.

Após trevas e mais trevas que mastiga a mente

Dou-te ósculo, vento

Pelas alamedas, singro às veredas de minha prosa

Em turnos e face de solidão revelada

Mastigo!

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 31/05/2007
Reeditado em 17/11/2008
Código do texto: T508073
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