O que será o que seria?
Que enigmática magia tem numa poesia...
Quiçá, poetar aos céus, rebelar-se contra os infernos, rejeitar o gélido inferno, ser criança a detestar a sóbria infância sombria sob infante olhar paterno sem dispensar a cacofonia?
Será dizer adeus a Deus num nevoado inverno?
O que será o que seria?
É falar duma dor revestida de amor bem conduzido, gozar do horror dela parido, quem sabe; ser gestor dum linguajar incompreendido, ou ousar do que jamais se tenha ouvido?
O que será o que seria?
Que enigmática magia tem numa poesia...
Boas Festas, bom dia, saúde, felicidade, alegria, seriam atributos da virtuosa poesia, ou o pão nosso de cada dia orado pelos irmãos consagrados ao mais sagrado Deus alado a plainar do outro lado...
O que será o que seria?
Poetizar é muito mais do que orar, é expor bem devagar um pensar sem pesar, bem modulado, podendo ser amado ou odiado pelo sentido figurado sem ficar prostrado, porém, prosternado em sinal de estar humilhado, até porque o poeta não fala, ele é apenas falado pela força da inspiração, energia a qual não tem hora, não tem dia para criar sua poesia, sem a menor contestação de qualquer lado da criação.
O que será o que seria?
Poetar... Oh... Meu irmão está além da ilação, é a mais prazerosa missão num calvário de flor da mais nobre coroação do mais simples coração...
É a psicoterapia do amor, necessidade do poeta para amenizar a sua dor!
Assim a musa pediu humildemente para escrever:
VOCÊ TAMBÉM É POETA!