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Ela tinha medo. Muito medo. Não queria expor-se vivendo um amor imprevisível, inseguro que ia contra tudo o que acreditava ser correto, estável e sereno.
No entanto não podia controlar o incontrolável: A FORÇA QUE VEM DO CORAÇÃO! 

Por mais centrada que fosse, – e nem era tanto assim –, rendeu-se à chama que ardia e queimava-lhe o corpo e a alma nas noites vazias, nas músicas que ouvia, nos rostos que via passarem e por momentos pareciam ser o dele. 

Rendeu-se. Abandonou-se aos apelos da carne e levantou-se em coragem para viver o inevitável.
Sim...inevitável! Se deixasse de vivê-lo a frustração seria sua companheira diária.
Entregou-se. Explicitou, ainda que nas entrelinhas, o amor que continha e detinha escondido no peito.
Muitas barreiras sociais para atravessar. Incontáveis obstáculos morais para superar...
Mundos diferentes e muitas interrogações sem respostas... 

Ele, segurança. Ela, escritora e eterna estudante!
Mas quando a paixão chega desatinada, não há diferenças que a impeçam ou a proíbam!
Ela relutou! E como relutou! Não queria correr riscos, trazer para perto de si momentos que não saberia como administrar. 

Percebeu então, talvez em um lampejo de irracionalidade, que paixão e lógica não combinam. Não andam de mãos dadas. Não fazem parte do mesmo universo. No amor pode haver razão e lógica, na paixão jamais. Paixão foi feita para desestruturar, para enlouquecer, para dar vazão aos profundos sentimentos animalescos e só. Pode até virar amor, mas enquanto é apenas paixão, – e não é pouco ser paixão -, não tem explicações ou racionalizações. Amor se constrói. Paixão se exala!
Entregou-se. Primeiro a si e aos seus medos e receios. Lentamente, aos seus desejos de mulher...
Entregou-se em palavras e gestos.
Avançou sinais vermelhos, desrespeitou regras, rompeu promessas. 

Seguiu o caminho que apenas ela não percebia estar sacramentado pela rapidez com que o sentimento crescia e não era exposto.
Iria explodir cedo ou tarde.
Tsunami!!!

A hora certa da paixão é o cedo. O alvorecer dela. Paixão é fugaz e ao entardecer pode ser tarde demais... 

Que aquela menina-mulher que observo, zelando ao longe, continue avançando sinais vermelhos, fazendo piruetas e dando “olé” nos empecilhos que surgirem na arena de sua vida e VIVA! 

MIL VIVAS darei ao seu atrevimento e a sua coragem de dar-se o direito de SER FELIZ!
Que sentido há em falar de FELICIDADE e temer praticá-la? 

Estarei de vigia, estrela-guia, bruxinha-cuca, amiga maluca, aguardando o
Momento do Sonho Navegar por mares nunca antes navegados...

Mares Sem Nomes. 

Mares Sons Nu-Ânsias


Dedicado a uma especial amiga. O nome não digo.




by Marcela Torres




Link da IMAGEM:http://minhasobrasfavoritas.blogspot.com.br/



Music  tamanho original Por Isso Eu Corro Demais tamanho original Adriana Calcanhoto


 
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MarCela Torres
Enviado por MarCela Torres em 31/05/2007
Reeditado em 26/10/2012
Código do texto: T507862
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