Segredo!...
Quisera tê-lo sempre
Num sadio aconchego
Ouvi a sua macia voz
Admirar o teu olhar manso e perene
Como a dizer-me muito...
De uma vida incontida
Numa solidão...
Colorida pela mansidão...
De menino vadio e matreiro
A mostrar-se
Como a copa de um cajueiro
Arvore vital e frondosa
Que esconde entre seu espaldar
Deliciosos frutos...
E tu esconde-se
No pisar macio...
No observar maneiro...
Onde semeias...
Migalhas de um amor em profusão
Na forma...
De um saciar ou saciar-me...
De um querer ou querer-me...
Paira a dúvida!...
És mister or mistério!?...
Só, sei que lhe quero...
Mas... sou uma gotícula...
No teu imenso oceano...
No meu silencio...
Espero-te... Espero-te...