Caixa d’água
Final de tarde de domingo...
Ouvindo no rádio uma partida de futebol...
Então olho pela janela, enquanto da xícara sobe a fumaça com o inebriante aroma do café forte e quente... O que vejo!
Pela fresta da janela vejo a velha caixa d’água!
Está lá, imponente em ferro armado e concreto bruto! Tem como companhia a velha escada marinheiro, as cores já bem desbotadas, deixando à mostra, sentindo a ferrugem lhe comer...
Fez tanto para tantos, deu muito mais, do que recebeu para muitos, hoje demonstra uma coragem daquilo que ainda resta para o seu tombamento...
As rachaduras vêm mostrando a velhice... Como se fossem rugas!
Quantas histórias!
Somente vejo os feixes da luz do sol, refletindo no espelho do guarda- roupa!
O Jogo termina em zero x zero.