Ela.

E então, um dia, ela decidiu ser feliz.

Não sei bem quando foi isso, se foi logo que nasceu, se foi depois de um trauma qualquer. Sei apenas que foi antes de me conhecer, porque eu já a conheci assim: sorridente e carismática. Se eu pudesse realmente dizer o tanto de bem que ela faz pra mim eu diria, mas para essas coisas palavras apenas não resolvem.

Houve uma época em que eu lutei muito contra muitos, na verdade contra quase todos. Nessa época eu lembro que meu maior medo não era a quantidade de gente e situações difíceis que eu tinha que enfrentar. Meu maior medo era perder ela como referência de confiança e companheirismo. É na época difícil que você percebe quem vale a pena.

Hoje a vida está bem mais fácil. Graças a Deus. E hoje eu posso me preocupar em dar um pouquinho mais de conforto pra ela, ver ela dormir como um bebê. Abraçada com um Snoop de pelúcia, um bebê de trinta e poucos anos. Um dia ela decidiu que ia ser feliz e pronto.

Como é bom olhar pra ela dormindo como se nada lá fora estivesse errado. Como se não houvesse ladrão, corrupto, fumaça, desmatamento, fome, inflação, guerra e cartão de crédito.

Como é bom quando ela chega em casa e acaba com qualquer diversão que eu estiver tendo. Falando e pulando sem parar, entrando na frente da tv, atrapalhando meu jogo no final da fase mais difícil, interrompendo o filme na melhor parte, impossível ler, impossível prestar atenção no rádio...

Se eu pudesse dizer o bem que ela me faz... O que eu posso dizer é que, de tudo que Deus me deu para viver aqui na terra, ela é a melhor, minha maior benção para esta vida. Eu a amo.

Alexandre Apenas
Enviado por Alexandre Apenas em 20/12/2014
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