Exército de Sonhadores
Quando me falam que eu sou um sonhador
Que vivo de minhas fantasias
E por isso não sou levado a sério
Como contraditoriamente queria
Quando subestimam a minha filosofia
Meu modo de vida
Que deveria mudar
O jeito como vejo o mundo
Quando troco circunstancialmente os meus valores
Engulo minhas percepções
Abandono minhas próprias sensações
Para o status filosófico que me é exigido
Sinto que, paulatinamente me suicido
Que resiliência nada mais é que violência
Que minha elasticidade esganou meu cérebro
E me deformo como num estupro
Meu consolo é saber que esquecem as origens
Que desconsideram ser a realidade propalada
O sonho instituído de alguém
A fantasia executada numa persuasão que vai mais além
Então me orgulho do time de loucos ao qual pertenço
Embora sem a mesma qualidade
Sem o mesmo poder de argumentação
Para fazer da emoção solitária a razão coletiva