Breve biografia do amor
Deusa branca, soberana em seu vasto mundo.
Cabelos dourados, dama perfumada de sonetos vinicianos.
Só há espaço em seu coração para um único romance.
Um divino e eterno romance, que gerou um fruto...
Divino e eterno, de olhos azuis, brilhantes e irradiantes.
Bela história construirá; ainda, nosso fruto dourado!
Consagrada e profanada és tu, mulher amada.
Dedicada e irradia, hermética e sincera; sagrada!
Pura em sons, puro silêncio, pura no coração; pureza alva!
Ah, querida, não somos iguais; tais como... Não somos!
Não somos iguais a Nora e Joyce, Ulisses nem Circe.
Nem somos parecidos com Núbia e James, nem um pouco.
Somos únicos e somos proféticos, apaixonados pela vida.
Apaixonados pelo céu e pelas coisas da vida.
Vivendo-a dia-a-dia, nutrindo uma parceria, amém!
Desejamos o paraíso, aqui; a morada celestial dos amantes!
Somos personagens convencionais de tragédias heroicas!
Desenroladas pelo pensamento contínuo, um fluxo consciente.
Em mente; vida contínua a partir das 6h00 a.m., pão, bolo e café quente.
Hálito de menta, rotina; estamos ausentes e presentes antes e depois das 10h00 p.m.
Fomos à praia hoje, pisamos na areia e ouvimos os jovens falarem de Ítaca!
Queimamos ao sol... Refrescamos com o vento nossa pele avermelhada.
Não consigo fechar a torneira, jorro de pensamentos que invadem a cabeça.
Uma aula de perguntas e respostas, um parto... Primeiro choro em abril.
Classificados, vejo um anúncio de jornal: “Somos felizes no amor.”
Ligamos o rádio, você se senta; eu, de pé... Esperando nossa canção tocar...
Te toco, você me toca, nos tocamos, êxtase, fim!
Antes, colocamos todas as nossas palavras na ordem correta.
Já é dezembro e, dizemos-as baixinho no ouvido:
Te amo, meu bem... Que tanto!