Divagando

Me vi à toa,

Sem eira nem beira

De repente, ao surgir de uma clareira,

Ainda que macambúzio, enfadonho...

Veio a chuva e molhou meu sonho

Fertilizou e brotou mais um...

E mais outros...

Enchi minha canoa e fiquei “de boa”

Molhou meu lar, mas aprendi a sonhar

Perdi minha esteira, mas ganhei vida

Talvez incompreendida

Fortaleci minhas raízes e encontrei paz

Suavizei minhas crises e fui amado

Na goteira, a tristeza jaz

Saio correndo de volta para a lida

E percebo alguém do meu lado

Diz-me que sou capaz,

Que sou abençoado

Que não me deixa só

Que meu brilho é reflexo do seu

Que é pai, que é mãe,

Irmão, amigo...

Que não o vejo, mas está comigo

Entendo, portanto, por melhor amigo

Chamo a isso de Deus.

JOSMAN LIMA
Enviado por JOSMAN LIMA em 18/12/2014
Código do texto: T5073352
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