O DELETÉRIO.

Estático, intacto, permaneceu o doce incauto,

Ao receber da Contralto, a voz compassada do contratenor,

De fato, de sua ignorância, bem do alto,

Não sabia, que de lá viria, um grande e expressivo amor.

Não sabia, que o sol sempre brilha, quando se canta uma canção,

Não sabia, que em sua matilha, não cabiam manadas,

Apenas espadas,sem fios, alquebradas,

Na palma de sua mão.

Então, um canto lírico ecoou,

Seu cínico traço se quedou,

Suas pobres ilusões viraram pó,

E daquelas notas esfuziantes,

Saltaram cantores amantes,

Que do deletério tiveram dó.

Por: Jaymeofilho.

15/12/2014.

Jaymeofilho
Enviado por Jaymeofilho em 15/12/2014
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