Natal

Natal

O que era mesmo aquele tal de Natal

Será que era alguém com um nome estranho...

AH! Era um dia

Lembrou, a Velha menina, por baixo dos cachos brancos, agora pintados de castanho.

Castanho, era a cor das castanhas portuguesas que a mãe cozinhava e lhe dava uma pequena porção, era preciso dividir com todos da família.

A mesa da cozinha ia parar na sala junto com todas as cadeiras e bancos. A toalha vermelha, bonita, saia da gaveta. as taças eram lavadas, nela a Menina poderia tomar um pouco de espumante, durante a ceia. O avô aparecia.

Se a menina iria ganhar algum presente ou não, isso não tinha importância.

Às vezes ela sentia uma tristeza que não compreendia.

A menina gostava do cheiro da comida no fogão, da casa limpa, das músicas que tocavam no velho rádio de pilhas, das luzes que piscavam na árvore, do Fantasma. que a fazia sorrir.

Era assim um Natal, um dia especial, e depois a louça pra lavar...

Kristall