EMERGIU DO INCONSCIENTE.

 

 

Os teus olhos eram negros e derramaram uma gota de nanquim sobre o título do poema, era uma lágrima.

Isso aconteceu no meu sonho e na hora em que terminava de escrever o título do poema que era para ti.

 

Sinopse do diálogo:

 

- Quem tu és?  Linda morena desconhecida!

 

- Eu tenho a impressão que saíste do meu inconsciente, para estares agora aqui nesta mesa comigo.

 

- Que idade tu tens?

 

Ela responde de forma misteriosa:

 

- De solteira ou casada?

 

- Tanto faz e pouco importa, pois todos nós temos um tempo, e eu sei que o tempo é uma coisa relativa, mas todos nós temos um...

 

- Que lindo paradoxo tu me dizes!

 

Tu e eu, um nós.?

 

- Inda pouco, agorinha mesmo éramos apenas um e, agora, somos dois, mas continuamos um...

 

2 x 1 = 2

2 x 2 = 4

 

- Eu estou achando que vou cair de quatro ante a tua ignota beleza, ainda mais que tu me disseste que o teu pai tinha uma editora.

Foi nesse momento que da minha caneta antiga, caiu uma gota de nanquim, parecida com uma lágrima sobre o título do poema: “Para os teus olhos negros, linda estrábica...”

Na verdade, quando acordei, eu entendi que eram, realmente, lágrimas que caíram dos teus lindos olhos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 30/05/2007
Reeditado em 30/05/2007
Código do texto: T506828