EMERGIU DO INCONSCIENTE.
Os teus olhos eram negros e derramaram uma gota de nanquim sobre o título do poema, era uma lágrima.
Isso aconteceu no meu sonho e na hora em que terminava de escrever o título do poema que era para ti.
Sinopse do diálogo:
- Quem tu és? Linda morena desconhecida!
- Eu tenho a impressão que saíste do meu inconsciente, para estares agora aqui nesta mesa comigo.
- Que idade tu tens?
Ela responde de forma misteriosa:
- De solteira ou casada?
- Tanto faz e pouco importa, pois todos nós temos um tempo, e eu sei que o tempo é uma coisa relativa, mas todos nós temos um...
- Que lindo paradoxo tu me dizes!
Tu e eu, um nós.?
- Inda pouco, agorinha mesmo éramos apenas um e, agora, somos dois, mas continuamos um...
2 x 1 = 2
2 x 2 = 4
- Eu estou achando que vou cair de quatro ante a tua ignota beleza, ainda mais que tu me disseste que o teu pai tinha uma editora.
Foi nesse momento que da minha caneta antiga, caiu uma gota de nanquim, parecida com uma lágrima sobre o título do poema: “Para os teus olhos negros, linda estrábica...”
Na verdade, quando acordei, eu entendi que eram, realmente, lágrimas que caíram dos teus lindos olhos.