Dor ébria

O gosto era amargo

Não sei se do amor

Ou do trago

O recordar era doce

Pintado de doce cor

era, ou que fosse

Avaliando em sabatina

Álcool, mente em neblina

Penúltimo bar

Ou o último rancor

Buscava o gosto do néctar

Ou tinha algo a aplacar

Uma névoa do ébrio

Torpor, um engodo

Alma e vísceras em imbróglio

Tentativa e malogro

O lúcido buscava esquecer

O que o éter não deixava ceder

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 12/12/2014
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