UM DEDO DE PROSA

Não sou santo

Nem dono da verdade

Só aprendi reconhecer

O que finge

E o que tem capacidade

De assumir os seus erros

Em meio a ferocidade

Desse mundão complicado

Onde o errado é dado por certo

E o certo dado por errado

Não tenho jeito pra dar

Mas, parodiando o poeta

Quem quiser ser como eu

Vai penar um bocado

Uns me acham arrogante

E outros dissimulado

Vou seguindo o meu caminho

Vou plantando o meu roçado

Tem roseira, pimenta e espinho

Tem saudade matadeira

E tem afago desejado

Tem festa trabalho e pão

Tem fé firmeza e coragem

Tem rima de pé quebrado

E também tem rima rica

Tem também amor que fica

E amor que sai voado

Eu só sei que nada sei

Eita, agora parodiei

Um cabra bem aprumado

Retomando agora o fio

O novelo da meada

Se liga meu camarada

Tu é assim

E eu sou assado

Aquele que dá respeito

Merece ser respeitado

Zanoni Yberville
Enviado por Zanoni Yberville em 11/12/2014
Reeditado em 10/03/2015
Código do texto: T5066163
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