Não é o o poeta quem fala agora...
Não sou agora um poeta vertendo seu sangue em letras...
Nesse instante não é o ator que ao colorir o rosto, esconde toda dor e doa ira...
Não é o palhaço do circo das aberrações quem escreve...
nem a donzela chorosa que ainda, o grande, amor espera...
Muito menos o amante, que na obscenidade, esconde seu romântico coração...
Quem fala agora é só os restos de um ser humano devorado pela ingratidão...
Cheio de palavras elaboradas e rimas desordenadas, um ser humano sem matemática
que não tem com quem desabafar, ou quem te segure a cabeça e te ajude a vomitar
ninguém que encontre minha artéria para espetar e injetar qualquer coisa que me leve pra longe...
Talvez hoje fale a parcela de fraqueza humana que me cobram, as lágrimas que dizem que não choro, por ser alma endurecida no orgulho...
Pra dizer a verdade eu nem sei quem é que fala agora, se sou eu ou os botões coloridos que têm por missão invadir minha mente e fazer-me alienado...
Um ser viciado, assumindo seus piores vícios...
Não, não é o poeta, que feliz, carrega para outros pedras...Não, é o humano que está caindo, e caindo na escuridão de si mesmo...
Ninguém percebe as dores dos enfermeiros, pois a dor torna o homem egoísta, quem chorando veria em outro uma infecciosa ferida?
Quem fala, é quem matou os sonhos, porque sonhar custa caro, e pobre deste que fala, não tem ouro pra pagar, e pagar com sangue tem lhe ceifado dia a dia a vida...Custa caro!
Essas não são palavras do poeta que um ou dois aprenderam a amar...
São as palavras da sombra que dorme na escuridão dos olhos fechados...
São palavras de quem não tem coração para sentir, alma para salvar, nem erros e acertos para contar... só uma concha vazia que caridosamente deita na areia mais fina, para que seres em dor dela faça uso, se curem, e partam... Até que venha a maré, e a leve de volta, quem sabe haja nela alguma perola que não teve tempo de perceber...
Hoje não é o poeta que conhecem que vos fala... Fala hoje seu amigo de sempre, aquele que nada sente, que não tem amor, e nem dor, mesmo que doloridas e amargas sejam suas palavras, mas ele não pode sentir, pois da dor do próximo é responsável, aliado de amigos e inimigos, uma voz que fala no universo onde o som não viaja... Um simples andarilho sem malas, um guerreiro sem espada, apenas um viciado, que para livrar do vicio o mundo sempre está ao seu lado... É Justo, um médico deve conhecer toda anatomia do corpo, revirar entranhas de mortos, deve conhecer todas as mazelas, só assim ele pode cuidar, então eu conheço o lado negro das trevas, e vivo na escuridão, pois só quem conhece ela pode ajudar a não entrar nela, só quem esteve no fundo do poço conhece o fundo do poço e dizer: Não vá por ai, não é o melhor a se fazer...
Nesse instante não é o ator que ao colorir o rosto, esconde toda dor e doa ira...
Não é o palhaço do circo das aberrações quem escreve...
nem a donzela chorosa que ainda, o grande, amor espera...
Muito menos o amante, que na obscenidade, esconde seu romântico coração...
Quem fala agora é só os restos de um ser humano devorado pela ingratidão...
Cheio de palavras elaboradas e rimas desordenadas, um ser humano sem matemática
que não tem com quem desabafar, ou quem te segure a cabeça e te ajude a vomitar
ninguém que encontre minha artéria para espetar e injetar qualquer coisa que me leve pra longe...
Talvez hoje fale a parcela de fraqueza humana que me cobram, as lágrimas que dizem que não choro, por ser alma endurecida no orgulho...
Pra dizer a verdade eu nem sei quem é que fala agora, se sou eu ou os botões coloridos que têm por missão invadir minha mente e fazer-me alienado...
Um ser viciado, assumindo seus piores vícios...
Não, não é o poeta, que feliz, carrega para outros pedras...Não, é o humano que está caindo, e caindo na escuridão de si mesmo...
Ninguém percebe as dores dos enfermeiros, pois a dor torna o homem egoísta, quem chorando veria em outro uma infecciosa ferida?
Quem fala, é quem matou os sonhos, porque sonhar custa caro, e pobre deste que fala, não tem ouro pra pagar, e pagar com sangue tem lhe ceifado dia a dia a vida...Custa caro!
Essas não são palavras do poeta que um ou dois aprenderam a amar...
São as palavras da sombra que dorme na escuridão dos olhos fechados...
São palavras de quem não tem coração para sentir, alma para salvar, nem erros e acertos para contar... só uma concha vazia que caridosamente deita na areia mais fina, para que seres em dor dela faça uso, se curem, e partam... Até que venha a maré, e a leve de volta, quem sabe haja nela alguma perola que não teve tempo de perceber...
Hoje não é o poeta que conhecem que vos fala... Fala hoje seu amigo de sempre, aquele que nada sente, que não tem amor, e nem dor, mesmo que doloridas e amargas sejam suas palavras, mas ele não pode sentir, pois da dor do próximo é responsável, aliado de amigos e inimigos, uma voz que fala no universo onde o som não viaja... Um simples andarilho sem malas, um guerreiro sem espada, apenas um viciado, que para livrar do vicio o mundo sempre está ao seu lado... É Justo, um médico deve conhecer toda anatomia do corpo, revirar entranhas de mortos, deve conhecer todas as mazelas, só assim ele pode cuidar, então eu conheço o lado negro das trevas, e vivo na escuridão, pois só quem conhece ela pode ajudar a não entrar nela, só quem esteve no fundo do poço conhece o fundo do poço e dizer: Não vá por ai, não é o melhor a se fazer...