ÂMAGO DO SER
Juliana Valis




Mergulhar nas águas da sensatez,

Profundo âmago de quem poderíamos ser,

E, assim mesmo, não somos... 



Pois a essência é algo que transcende os sentidos,

No vão das abstrações que levam às perguntas

Sem respostas ou sem critérios, inerentes à alma...



Calma, tudo passa !?

Tudo o quê, na indefinição de ser ?

Tudo é apenas a perplexidade de sermos frágeis,

De sermos permanentemente indecifráveis,

Apesar dos rótulos  sociais que nos descrevem

Como possíveis técnicos em busca de cédulas frias,

No afã inócuo de comprar o que não tem preço !




Céus, somos apenas humanos !

E, assim mesmo, tudo transborda,

Tudo se esvai na imprecisão enigmática

Do que seja o amor,

Do que seja o tempo,

Do que seja o sentido

Inerente à vida,

E além, bem além das palavras, 

Sempre ou nunca  ditas.



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