Residual

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http://geocities.yahoo.com.br/mq_mquiteria2/without_you.mid

Ter na boca os traços da partida

como se a impossibilidade de esquecer

pudesse trazer a geografia desconhecida

a transitar por tantas verdades inventadas

o silêncio comprometedor arraigado na pele

essa sensação da palavra afastada

da selvageria civilizada

do racional coberto por uma violência branda

da insensatez fragmentada em um nada

nada absoluto em nada, nenhum sortilégio

a vontade barata de não haver engano

a lágrima que não lava a maldita palavra

e a palavra suja escorrendo pela face

Ter na boca o gosto de um desconhecido

diante das invenções condicionadas

condicionantes de acreditar

a exclamação mutilada na boca

esse sepulcro interno, corrosivo

essa potencialidade do drama

traçando rotas de afastamento

bússolas imanadas em giro contrário

Ter na boca esse gosto sibilino

de reconhecer fantasmas e dar nomes

essa ressonância pelas escadas

na descida íngreme do último erro

Ter na boca as palavras dele