POESIA TAMBÉM É DISSABOR

Poesia também é dissabor,

Pode ser o lamento infindável,

Até mesmo o relata de um cadáver,

Da enredo para um poeta faminto,

Do absurdo o fosso do labirinto,

A loucura também redunda em versos,

Mas a gente só gosta de narrar progresso,

Pois o homem tem o ego doentio,

Quando escreve o que o outro não pediu,

Cria logo uma ranhura no leitor,

Este cara que gosta ler o amor,

Se ofende quando o tema é estupro,

A poesia também passa pelo absurdo,

Perfazendo do universo seu retrato,

O importante é o poeta narrar aos fatos,

Independente de ser alento ou tanto turvos.