Humana Máquina
Transfiguro-me em natureza. Frações de segundo.
Identifico-me instintivamente com a vívida corrente de águas turvas.
Resumo-me à trivial lacunosidade por hora sugerida: dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio.
Caminho tortuosamente por um espaço e tempo de insustentável duração, teor impalpável.
O mundo concreto? Já não mais habito.
Pois renitente é o clique, que meus pés buscam o chão.
Impassível, volto a mim. Destroços. Frágil transitividade.
- Sanidade, a mim recorreste?
De vez, a plenitude existencial nunca será captada por uma máquina, afora a chamemos "ser humano".