Revolta ou Revolução...
Nasceu Virgula,
morreu ponto de,
interrogação,
Virgulino cabra macho,
se forjou no aço,
rei do cangaço,
virou Lampião.
Quando menino,
no descanso de tanger,
o gado,
brincava de cangaceiro,
e polícia,
sem nem sonhar sua sina,
o cangaço quem diria,
era o que lhe faria,
o herói e maior bandido,
do nordeste.
Sua lida na fazenda,
começou cedo,
mal teve tempo,
para estudar,
seu pai era pequeno,
fazendeiro,
de pequenas posses,
não poderia as letras do filho,
completar.
Por conta de uma contenda,
com um vizinho,
muito sortudo,
pois venceu a peleja,
com ajuda de um.
Coronel,
seu pai foi morto a tiros,
Virgulino revoltado,
com Saturnino,
foi viver com os cangaceiros,
como muito disparava,
sua arma pela noite,
Virgulino virou
Lampião,
aquele que traz,
luz na escuridão.
Na morte de seu líder,
Lampião tomou,
a liderança,
começou então matança,
entrando nas cidades,
Cangaceiro não era detido,
ajudava os pobres,
se alugava para os Coronéis,
com o propósito de matar,
outros Coronéis,
para ver o Coronelato,
se acabar.
Estava no banditismo,
da revolução do sertão,
cobrando toda desdita,
da situação do pobre,
que nem tinha direito,
ao chão,
de onde com custo plantava,
e entregava quase,
tudo o que colhia,
para os latifundiários,
Coronéis.
Padim Cícero lhe fez o sermão,
e lhe deu a condição,
para uma futura salvação,
de combater o tal Prestes,
que avançava no nordeste,
o tomando em revolução,
Lampião aceitou o encargo,
ainda perseguido pela polícia,
descobriu que patente,
nem anistia tinham valor,
no nordeste,
de nada lhe adiantara,
as preces.
virado num cabra da peste,
Lampião seguiu sua sina,
conheceu sua Maria Bonita,
de seu esposo a roubou,
e pelo sertão afora,
sua matança e vingança,
continuou.
Tudo tem sua hora,
a hora do cabra chegou,
foi morto numa fazenda,
a prenda da matança,
foi sua cabeça,
que ficou em exposição,
em um museu no sertão,
para servir de exemplo,
e enfraquecer o povo,
e acabar com a revoltosa,
revolução,
que sem herói ou bandido,
findou nas terras do nordeste,
acabou-se os cabras da peste,
e a terra seca e árida,
virou refém dos crimes,
das promessas e da corrupção,
de tudo quanto é politico,
desta nossa,
nação...
Patricia Piassa
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