POEMA AO PROLETÁRIO
Trago na minha epopéia
O grito da patuléia
Que clama assim como eu
Num sentimento profundo
Descrevo a cada segundo
A dor de quem já sofreu
Eu trago sempre comigo
O labutar do mendigo
Vitima da caridade
O poder maquiavélico
Não deixa o povo famélico
Gozar plena liberdade
Neste meu Brasil nefário
O nosso ir mão proletário
Disputa a sobrevivência
Em busca do seu repasto
Está sujeito ao vergasto
Da mais cruel indigência
Na mais tremenda labuta
O proletário disputa
Lugar pra sobreviver
Minha consciência arde
Quando a tosca lei covarde
O proíbe de vencer
No mais tremendo labéu
O nosso irmão Tabaréu
Disputa sem ter temor
Trabalha com hombridade
Mendigando a liberdade
Em troca do seu labor
Nosso proletariado
Sempre foi menosprezado
Pela justiça cruel
A liberdade nefária
Despreza a classe operaria
Não cumpre com seu papel
No mais humilde recinto
O proletário faminto
Disputa a sua indigência
Contundente ele se bole
Pra defender sua prole
Apela pra violência
Vagando as vezes sem lar
O proletário vulgar
Perece na flor da idade
O rude poder vetérrimo
Devora o povo paupérrimo
Em nome da liberdade