Prosa solta e louca e prisão poética versus a gramática normativa cínica
No meu canto encanto a morte e sinto a sina, de encontro com o cano do revólver na retina, em disparada eu paro na neblina da madrugada louca e repentina.
Pare de me prender eu meu silêncio se o formal não quero eu arrebento, pois bendito seja o sofrimento, que no meu leito eu sento e me aposento é tão estranho.
E a loucura é branca pelo espanto da negra noite em que me encontro livre e preso a essa liberdade, sufocaram meu sufoco que desgosto... Eu não aguento, levanto e sento e a arma dispara quebrando o silêncio e sinto o desespero, turvo, rubro e estranhável alvo declaro e minto.
Destinado a desventura a alma acanhada no quarto preso ao nada, presentifico a morte como sorte e falo a mim em pros horrorosa pouca poesia aprendi na escola, gostavam de me prender a gramática normativa e cínica! Os loucos entenderão o perdido?